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Nascida no Rio de Janeiro, Aída Boal (1930-2016) exerceu a profissão de arquiteta desde os tempos de estudante. Formada na Faculdade Nacional de Arquitetura (atual Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro), recebeu do pai, aos 22 anos, a incumbência de projetar um edifício de quatro andares na capital fluminense, mas com uma condição: a de que o mestre de obras fosse mais novo que ela. Do contrário, o pai de Aída achava que o sucesso da obra seria creditado a ele, e não à jovem profissional. Entre os principais projetos que executou ao longo de sua carreira, está a restauração do Convento do Carmo, no Rio de Janeiro, a convite do professor Cândido Mendes e elogiado por Lucio Costa. Outros destaques são os 40 hospitais que projetou no Amazonas em 1968, todos construídos com material inglês pré-fabricado. Por ter sempre privilegiado a madeira em sua arquitetura, Aída não demorou a descobrir que “com uma serra elétrica, é possível fazer um sofá”. No começo da década de 1960, construiu uma casa em seu sítio, em Petrópolis, onde montou uma oficina para criar a mobília para o novo imóvel. Começou então a fabricar peças para amigos e familiares, e não parou mais. Apostando no uso de madeiras nobres, como mogno, jacarandá e pinho-de-riga, e influenciada pelo mestre Sergio Rodrigues (1927-2014) e pela escola alemã Bauhaus, passou a criar móveis alinhados ao estilo modernista de seus projetos de arquitetura, com formas simples, despojadas, e voltados ao conforto. A partir dos anos 1990, suas criações passaram a ser vendidas em pequenas séries. O fato de batizar a maior parte delas com nomes de familiares, amigos e funcionários revela o apreço tinha por cada um de seus trabalhos. É o caso da cadeira Augusto, de 1992. Fabricada com madeira maciça e palha natural, homenageia o dramaturgo Augusto Boal (1931-2009), irmão de Aída. A arquiteta e designer teve ainda um produtivo trabalho como artista plástica, realizando obras principalmente no campo da escultura, muitas delas premiadas. Em 2013, integrou a exposição “Do Moderno ao Contemporâneo – O Design Brasileiro de Móveis”, no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.